Obrigam-nos a estudar História, quando adolescentes. Na minha adolescência estudava-se a História do Brasil e a História Universal ou História das Civilizações. Civilização é a sociedade urbana, etimologicamente. A sociedade dos cidadãos, segundo os gregos. O cidadão, segundo os gregos, é quem não é súdito, quem não tem dono nem rei. A civilização é a sociedade dos politicamente iguais: todos mandam e todos obedecem. Todos votam e todos são votados. Todos fazem a Lei e todos só obedecem à Lei. E, por isso, para os gregos, a civilização era uma sociedade autônoma, autogovernada, uma sociedade democrática. E, por isso, a Lei precisava ser Lei Escrita. A Lei escrita seria uma Lei imutável, a Lei de todos e para todos, a norma imutável conhecida por todos e governando a todos.
Esse fato está lá registrado em todos os livros da História das Civilizações, porque ele é considerado um dos momentos em que a Humanidade deu um passo a frente no processo civilizatório. Foi um momento revolucionário na História do Homem Civilizado, quando Dracon estabeleceu que em Atenas a Lei precisava ser escrita. Isso há quase dois mil e setecentos anos. A Lei escrita é de um valor inestimável para a sociedade, e tanto que precisa ser conhecido esse fato por todos os adolescentes no mundo hoje, para que eles a considerem um valor social fundamental e também para que todos nós nos civilizemosBlog do Ed
domingo, 20 de dezembro de 2020
domingo, 15 de novembro de 2020
520. 15 de novembro de 2020, Dia de Eleições Estaduais e Municipais.
Atualmente no Brasil comemora-se esse evento, como dia da comprovação da liberdade do povo, o dia da igualdade, quando todo cidadão tem o poder político de um voto. Ninguém é maior que outro. Ninguém é rei. Inexistem senhor e servo. Inexistem patrício, plebeu e escravo. Só existe o cidadão. Isso é a democracia. E a movimentação dos eleitores nas vias públicas das cidades constitui a festa da democracia, a comemoração fática da liberdade e da igualdade. Mas, o filósofo da democracia, Jean Jacques Rousseau pensava que o cidadão só é realmente livre no momento de votar. E Winston Churchill, o grande vulto político inglês do século XX, emitiu aquele famoso conceito sobre o regime democrático: “Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos.” A democracia, especialmente a brasileira, ainda tem vasto trajeto de aperfeiçoamento para percorrer.
sábado, 14 de novembro de 2020
519. O Ensino do Idioma Pátrio
Estuda-se o idioma pátrio para expressar-se com clareza, exatidão, harmonia, elegância e segundo as expressões tradicionais da linguagem comum da comunidade nacional, que foram produzidas de forma esplendorosa pelos grandes escritores e oradores pátrios. Acontece que o Mundo atual se universalizou e progrediu rapidamente, criando uma sociedade universalizada, cuja realidade transborda os limites do passado a cada pequeno transcurso do tempo. Um conceituado e tradicional estabelecimento de educação e ensino sente-se pressionado por essa realidade e está propondo o debate sobre a adaptação da linguagem a esse fenômeno social contemporâneo. Assim decidiu substituir “a expressão “queridos alunos” por “querides alunes”, por exemplo, passa a incluir múltiplas identidades sob a marcação de gênero em “e”. Alternativas como “queridos alunos e queridas alunas”, igualmente, mostram-se viáveis ao evitar a representação de todos os gêneros exclusivamente pelo masculino.” No bojo desse fenômeno moderno, acha-se candente o da identidade sexual, provocando até nos documentos oficiais uma característica de identificação: Nome Social. É a realidade atual, objetiva e impositiva, conforme-se, ou não, com ela.
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
518. “Quando a saliva acaba. explode a bala.”
Nosso Brasil e o Mundo estão repletos de gênios. Por vezes, todavia, o planeta se apresenta deles deserto, como na ocasião em que o Presidente Jair Bolsonaro pronunciou a supracitada frase. Os políticos e a imprensa brasileira, e até o embaixador dos Estados Unidos, com intenções políticas ou crassa ignorância, reagiram a essa declaração, rotulando-a de ridícula ameaça de reação beligerante brasileira, caso os Estados Unidos, como promete Joe Biden, tente desrespeitar a soberania nacional. Bolsonaro é militar da reserva. Ele tem instrução de nível acadêmico, acentuadamente nas áreas militar e política. Maomé baixou esta lei: “Lutem em nome de Alá segundo Alá. Lutem contra aqueles que não acreditam em Alá.” Cícero: “A única desculpa para a guerra, portanto, é que vivamos ilesos em paz.” Ibn Khaldum: “Quando uma nação se torna vítima de uma derrota psicológica, isso marca o início do seu fim.” Thomas Hobbes: “Entende-se que a obrigação dos súditos com o soberano tem a mesma duração do poder mediante o qual ele é capaz de protege-los.” Georg Hegel: “ Se um homem é um escravo, sua própria vontade é responsável por sua condição... o erro da escravidão não está nos que escravizam ou conquistam, mas nos próprios escravos e conquistados. José Martí: “Direitos são feitos para serem tomados, não pedidos; agarrados, não mendigados.” Winston Churchill: “A vocês foi dada a escolha entre a guerra e a desonra. Escolheram a desonra e terão a guerra.” Mustafa Kemal Ataturk: “Só existe um poder: a soberania nacional. Só existe uma autoridade: a presença, a consciência e o coração da nação.” Mao Tsé-tung: “Sem um exército para o povo, não há nada para o povo.” Michael Walzer: o inferno o da guerra nos faz romper todos os limites. E finalmente a expressão quase literal do pensamento do Presidente Brasileiro, escrita por Carl von Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios.” E penso que o embaixador norte-americano, antes de contraditar o presidente brasileiro, deveria ter meditado no pensamento de notável presidente de seu país, Theoore Roosevelt: “Uma guerra justa, no longo prazo, é muito melhor para a alma do homem que a mais poderosa paz.”
Claro que o Presidente Bolsonaro não pretendeu fazer ameaça alguma aos Estados Unidos. Ele não é idiota. Tanto não é que conseguiu eleger-se presidente do Brasil. Ele quis apenas lembrar o ensinamento da História: a conquista ou a perda da soberania é processo que tem, via de regra, sua fase bélica que, nos tempos atuais, de arma atômica e foguetes de alcance intercontinental, é de dimensões infernais, como destaca Michael Walzer.
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
517. A Suspensão dos Testes da Vacina Sinocorvac
A grande matéria do dia, ontem, foi a suspensão da fase 3 dos testes de eficiência e segurança da vacina Sinocorvac. Houve um evento mórbido mortal e a Anvisa suspendeu os testes. A aprovação de medicamentos segue um protocolo, um código. Entre essas normas está um processo em 3 fases. Outras normas são a suspensão dos testes da 3ª fase em caso de ocorrência de grave ou mortal incidente e o exame das causas do incidente por Comitê técnico INDEPENDENTE. Na fase 3ª da vacina de Oxford houve um incidente grave e a própria empresa suspendeu os testes e o submeteu ao Comitê Independente. No caso da Sinocorvac houve morte. A polícia brasileira afirmou ser suicídio. O Butantan não suspendeu os testes. A Anvisa, a agência brasileira de medicamentos, suspendeu os testes. O Butantan não submeteu o incidente ao Comitê independente. A imprensa, notadamente O Globo, na voz de seus mais expressivos jornalistas, condenam a Anvisa, com ressonância nas vozes políticas mais altissonantes deste País. Quem está politizando esse assunto técnico importantíssimo para o Povo brasileiro? Quem está certo? Fico com a Anvisa.
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
516. A Amazônia, Pulmão do Mundo
Penso que o Brasil precisa formalizar política inteligentíssima e firme para manter a soberania sobre a amazônia. Nenhum outro Estado nos defenderá, além dos limites de seus próprios interesses. E todos eles têm interesse em salvar o planeta terra às custas da intocabilidade da amazônia. Se a intocabilidade da amazônia é a salvação da Humanidade, que a Humanidade pague aos brasileiros o preço de sua salvação: a renda per capita do Primeiro Mundo.