segunda-feira, 27 de abril de 2020

492. Malthus


Thomas Robert Malthus, cidadão inglês, sacerdote anglicano, professor de Economia e membro de várias instituições culturais mundiais, escreveu vários tratados, entre os quais, em 1798, o Ensaio Sobre a População, livro que o fez famoso na história da ciência econômica e, posteriormente, em 1820, o Princípio de Economia Política.
         O Ensaio Sobre a População é o segundo mais importante livro registrado na história da Economia. Possuo os dois supracitados livros de Malthus, publicados pela Abril Cultural juntamente com o de Ricardo, denominado Notas aos Princípios de Economia Política de Malthus.
         Essa edição possui primorosa apresentação elaborada por Ernane Galveas, bacharel em Ciências e Letras, advogado, economista, presidente do Banco Central do Brasil, Ministro da Fazenda e funcionário do Banco do Brasil, cuja existência se cruzou com a minha em algumas poucas ocasiões. 
Ernani Galveas era capixaba, de Cachoeiro de Itapemirim como Roberto Carlos, No início da década de 60 do século passado, certo dia, ao fim do expediente diário, passando pelo gabinete de meu irmão, Haroldo Amorim Rego, então subgerente do Departamento de Importação da CACEX, em companhia do qual voltaria para casa, ele me levou até o gabinete do Diretor, Ernane Galveas. Ele residia aqui bem perto de meu apartamento, num prédio da Avenida Atlântica, esquina da Rua Santa Clara. Anos passados, em final de setembro de 1983, eu, superintendente da CACEX, sou enviado com dois outros funcionários, o Gerente de Empréstimos e o Chefe do Departamento de Importação, a Washington, para nos encontrarmos com o Ministro da Fazenda, Ernane Galveas, na sede do Fundo Monetário, que se achava reunido em sua Assembleia anual.
Ernane Galveas nos recebeu em companhia de Afonso Celso Pastore, Presidente do Banco Central do Brasil, e nos investiu da missão de contactar a direção do Eximbank dos Estados Unidos. que teria sido autorizado pelo governo norte-americano a conceder um financiamento no valor de US$1,5 bilhão ao Brasil.
Cumprimos imediatamente as ordens recebidas e fomos recebidos pelo Gerente Melvin Engbert que nos informou que, de fato, o Eximbank tinha conhecimento de que existia um compromisso do governo norte-americano com o governo brasileiro, através do então vice-presidente, George Bush, mas que ainda não fora aprovado pelo senado norte-americano, e, portanto, o financiamento ainda era inexistente no Eximbank. Sugeriu que se retornasse, dentro de uns três meses, no começo do próximo ano, para tratar do assunto.
Regressamos os três imediatamente à sede do FMI e transmitimos a informação às duas autoridades brasileiras. A reação do Ministro Galveas foi tranquila, mas a do presidente do Banco Central, temperamento fogoso, foi alterada e deprimente: “Vocês estiveram na reunião errada.” Ele estava convencido de que o empréstimo já estava autorizado. Reagi com firmeza: “Estivemos no Eximbank. Explicamos o assunto de que estávamos incumbidos de tratar. Fomos atendidos por um representante autorizado do Eximbank e ele nos prestou essa informação.” Afonso Celso Pastore conformou-se. E Errnane Galveas nos instruiu a voltar ao Eximbank no prazo dado.
Dois anos transcorridos, sou convidado por dois parentes, procuradores do Ministério da Viação, para um almoço num restaurante elegante aqui no Rio, onde eles queriam ouvir minha opinião em matéria econômica, sobre assuntos em que estavam opinando. O restaurante chic, frequentado pela alta roda de políticos e empresários, era uma sala longa, cortada por um corredor central, ladeado por duas fileiras, uma à esquerda, à direita a outra, de  elegantes compartimentos de madeira estilizados, abrigando, cada um, uma mesa para uns seis convivas. A alturas tantas de nosso almoço, Ernane Galveas, ex-ministro da Fazenda, mestre em Economia, posta-se ao lado de nossa mesa e ilumina o nosso debate com sua sabedoria. Ele estava encerrando seu almoço solitário na mesa ao lado da nossa. Ouvira toda a nossa conversa e não se conteve. Não pode sair, sem contribuir para a iluminação da matéria com o enfoque de sua sabedoria.
A mais singular relação de minha família com a do ex-ministro da Fazenda ocorreu na saudosa Cooprerativa dos Funcionários do Banco do Brasil através de nossas respectivas esposas, que segundo o chefe de vendas, eram as duas melhores e mais clarividentes freguesas do estabelecimento, cujas atividades foram encerradas por inviabilidade competitiva com duas novidades institucionais comerciais, o shopping center e o supermercado.
O título completo do Ensaio Sobre a População é “Ensaio sobre o Princípio da População, como ele afeta o futuro progresso da sociedade, com observações sobre a especulação do Sr. Godwin, do Sr. Condorcet e de outros escritores.”
Malthus opõe-se ao pensamento exposto por Jean Antoine Nicolas Caritat, Marquês de Condorcet, exposto em Prospectus d’um tableau historique des progrès de l’espri humain, onde Condorcet contempla  “a raça humana emancipada de seus grilhões (a ignorância), ... prosseguindo com andar firme e seguro ao longo do caminho da verdade, da virtude e da felicidade!” Will Durant considera-o o último dos Filósofos que forneceram os nutrientes mentais à Revolução Francesa e ao Iluminismo. Foi líder revolucionário girondino. Integrou o Conselho Municipal de Paris e a Assembleia Legislativa da França.
Condorcet entendia que “A natureza não estipulou término para a perfeição das faculdades humanas. A perfectibilidade humana é indefinida, e o progresso dessa perfectibilidade - independente, para o futuro, de qualquer potência que a queira interceptar - não possui nenhum outro limite senão o da duração do globo sobre o qual a natureza nos lançou.” O homem sábio é o “o homem restituído aos seus direitos e dignidades naturais, esquecendo o homem atormentado e corrompido pela ganância,, temor e inveja.  Vive com os seus pares em um Eliseu criado pela razão e gratificado pelos mais puros prazeres do amor à humanidade.”
 Teísta, Condorcet pensava que a mentalidade cristã romana da Idade Média se contrapunha à racionalidade do Iluminismo, cuja disseminação da cultura promoveria a democracia a ponto de promover até o aperfeiçoamento moral da Humanidade. Ele pensava a Revolução Francesa como o início do processo de construção de uma sociedade universal educada, justa e próspera. Combateu a escravidão. Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa concebeu um sistema nacional de educação primária, universal, livre, igual para ambos os sexos,, sem influência religiosa,, que foi a base da famosa reorganização educacional napoleônica. Planejou os princípios do Estado Beneficente: “Todas as instituições sociais deveriam ter por objetivo a melhoria física, intelectual e moral da mais numerosa classe dos mais pobres.” Enquanto o processo progressista histórico não eliminasse a pobreza humilhante e corruptora, a sociedade criaria “Caixas de Socorro e Poupança”, para que se obtivesse assim a felicidade de todos os seus membros.       
Condorcet fez-se conhecido inicialmente como matemático, através do  Essai sur l’application de l’analyse aux probabilités “onde antecipou  a teoria de Malthus que a explosão populacional tende a ultrapassar a produção de alimentos. Mas, em vez de advogar a abstinência sexual como remédio, propôs o controle da natalidade.”
Instalado o Regime do Terror, sob o comando de Robespierre, líder jacobino, Condorcet, vulto girondino proeminente, mergulhou na clandestinidade. Alcançado pelo Terror e preso, apareceu morto. Crê-se em suicídio.
Malthus combate a criação das Caixas de Socorro e Poupança. O progresso, a riqueza é produto do trabalho. O trabalho é penoso. O sofrimento do trabalho só é suportado porque se sente sofrimento maior com a insatisfação da necessidade (a fome, a sede, a doença etc.). O sofrimento da pobreza, portanto, é, em última análise, o estímulo que produz a operosidade humana. As Caixas de Socorro e Poupança, por isso, eliminam o estímulo para trabalhar, eliminam a produção, eliminam o progresso.
Aditou que não se poderia, assim, adotar as Caixas, sem comprovação de que o beneficiário provasse que estava em situação de miséria, apesar de ter empenhado o máximo de esforço num trabalho produtivo. Mas, esta situação contraria os princípios de liberdade e igualdade.
Argumentou que as Caixas nada mas eram que o equivalente à Lei dos Pobres inglesa, e, como esta, fracassariam no seu objetivo.
Por fim, discordou quanto à ocorrência, apenas a longo prazo, de uma situação de miséria, afirmando que o problema populacional provoca a miséria periódica.
(continua)





segunda-feira, 20 de abril de 2020

491. Religião da Terra



Os cristãos paulinos têm muita dificuldade de compreender uma religião terráquea. A religião teria que incluir a imortalidade ou, pelo menos, a ressurreição, isto é, a imortalidade numa segunda etapa da vida num outro espaço, o espaço celestial. Foi a imortalidade que Paulo de Tarso ensinou na epístola aos tessalonicenses. A parusia, a ideia revolucionária pregada por esse líder carismático sem igual na História, consistia na fusão do espaço terrestre, que subiria, com o espaço celeste, que desceria, na ocasião do segundo advento de Jesus Cristo que, na mente do apóstolo, ocorreria breve, muito breve.
Mas, a parusia demorava. Os Tessalonicenses se sentiram ludibriados. Paulo de Tarso explicou: quem morrer ressuscitará pouco antes da parusia. Afinal de contas, isso não era estranho para os gregos, participantes dos mistérios de Dionísio e Orfeu. A Terra estaria no centro do Universo. Acima da Terra achava-se o Céu, reino de Zeus e morada dos deuses, que estabelecera residência no cume do Monte Olimpo. Abaixo da Terra encontrava-se o Hades, reino de Plutão, dividido em duas regiões, os Campos Elísios, morada dos homens justos após a morte, e o Tártaro, morada dos homens maus após a morte. Essas idéias foram assimiladas pelo Cristianismo.
Mas, a religião do Gênesis é terráquea. Não se contempla a vida após a morte. A dimensão da vida é a Terra, a morada dos homens. O homem justo recebe a recompensa divina nesta vida terrena. Será cumulado de todas as bênçãos: longevidade, riqueza, higidez, vida prazerosa, fecundidade, prole numerosa. O homem perverso será objeto de todas as maldições: doença, vida breve, pobreza, vida afanosa, sofrimento, infertilidade, sem descendência.
Adão e Eva pecaram. O pecado introduziu o mal no mundo, a maldição de Deus. A Lei salva e condena. Curioso que, de acordo com o autor do capítulo 5 do Gênesis, Adão, que introduziu o pecado no mundo, viveu 930 anos, quase um milênio!... Essa ideia de vida milenar até nutriu a lenda cristã do Judeu Errante. Ele recusou ajudar Jesus na Via Crucis. O remorso o tornou errante milenar. Abades e até papa afirmaram que o conheceram no início do segundo milênio da Era Cristã!...
Entendo, também, que o autor desse capítulo 5 do Gênesis julgava os descendentes de Adão muito honestos: eles viveram todos quase um milênio!... Só mais tarde, o autor do capítulo 6 voltou a considerar o tabu do sexo: os filhos de Deus, os homens descendentes de Adão, voltaram a ser enfeitiçados pela beleza das filhas dos homens, isto é, desses mesmos descendentes de Adão, e se entregaram, ao que parece, a exagerada procriação... Deus não gostou e puniu-os com a redução da longevidade para 120 anos!... Curiosa discriminação: os descendentes machos de Adão são filhos de Deus, e as descendentes femininas de Adão são filhas dos homens!...
Mais intrigante ainda é a razão por que Deus expulsou Adão e Eva do jardim do Éden: “Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não vá agora estender a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre.” Já vimos por que o conhecimento faz o homem igual a Deus. E isso me põe uma interrogação: por que os homens brancos de olhos azuis causam tanto incômodo a certas pessoas? Será porque acumularam toda essa vasta cultura, a greco-romana de Aristóteles e de Cícero, a medieval de Agostinho, Tomás de Aquino e Dante, a Renascentista de Erasmo de Roterdã e Petrarca, a da Era Moderna de Copérnico, Galileu, Keppler e Newton, a contemporânea das universidades, invenções, e das ciências, de Darwin, Bohr e Einstein. Pode-se imaginar que tudo isso seja nada? essas pessoas não sabem nada?.../
Deus tornou-se temeroso do novo Homem, o Homem do Conhecimento. Acho que nos nossos dias muitas pessoas também estão atemorizadas com o novo Homem, o Homem do Conhecimento, que está penetrando nos segredos da Vida e nos segredos do Cosmos. Ele vai, sem dúvida, estender a expectativa de Vida. Mas, e será que não surgirá também nova espécie humana? Essa possibilidade é algo bom ou algo mau? É ética ou amoral a pesquisa sobre manipulação genética?
Este texto foi escrito até aqui no ano de 2012, há oito anos, portanto, quando nem se pressentia a iminência de um mundo e uma economia acossados por um vírus apocalíptico. Agora, nestes novos tempos de 2020, com a eclosão dessa ameaça mortífera devastadora, o Clovid-19,  até parece que o homem se acha muito distante não apenas da imortalidade e da amortalidade,  mas, ao contrário, seja incapaz de defender a sobrevivência até mesmo contra a ofensiva de um vírus, ser invisível que nem mesmo se sabe se possui vida!
E a realidade da vida humana parece voltar a ser descrita como a encarava Salvator Rosa no fim da Idade Média sob o influxo do pensamento agostiniano: “A concepção é pecado, o nascimento é sofrimento, a vida é trabalho, e a morte é inevitável.”

segunda-feira, 13 de abril de 2020

490. Helena



A imagem mais apropriada à MULHER parece-me ser aquela de um ser etéreo, esvoaçante, constituído de um corpo suavemente brilhante e lépido, sobrepairando toda a dimensão do globo terrestre, onde esparge a Vida e o Amor, como a concebem os contos de fada. A MULHER confere a esta nossa morada terrena tudo o que ela possui de mais precioso e delicioso, aquilo que faz de fato valer a pena existir: Vida, Amor e Felicidade.
Os Gregos, de fato, tinham razão, quando afirmaram que a MULHER gerou o UNIVERSO e compuseram a lenda de uma guerra, motivada por paixão engendrada pela beleza, fulgor e fascínio da personalidade de uma mulher, que possuía exatamente o seu nome, HELENA.
Nesta bela e merecidíssima festa de seus NOVENTA anos, faço questão de afirmar-lhe, como expressão de meu preito de amizade e admiração, que você, irradiando elegância sóbria e régia dignidade por onde passava, povoou a minha mente juvenil das décadas 50 e 60 do século passado, como uma das mais fascinantes personalidades da sociedade ludovicense de então. Obrigada, minha amiga, por ter-me proporcionado aquelas visões encantadoras de excepcional elegância, que ainda hoje visitam minha imaginação e constituem momentos de felicidade lembra-las.
Muitas felicidades e muitos anos de vida, minha ÍDOLA, rainha da elegância e da dignidade da sociedade maranhense, no convívio de sua linda família e cercada do amor dos descendentes e da amizade dos que tiveram a sorte de conhece-la.
Um beijo amigo de quem jamais se esqueceu da soberana elegância da Helena Correia.

Nota.- Mensagem de felicitações, enviada por minha mulher, Marucha, para  Helena Correia, ambas personagens da alta sociedade de São Luís do Maranhão, na década de 50, Helena. uma jovem senhora, e Marucha, uma jovem senhorita.

domingo, 5 de abril de 2020

489.Mídia Perversa ou Cretina?



         Estou adoentado e sem computador, mas  sob incontrolável impulso de expressar-me sobre este presente momento político nacional, quando as hienas políticas avançam incontroladas, sem o mínimo sentimento de pejo, contra um Presidente da República que enfrenta o mais trágico episódio social brasileiro. o Covid-19, que talvez, na história nacional, apenas tenha a comparar-se-lhe a luta de Osvaldo Cruz contra a Revolta da Vacina no início do século passado.

         Com efeito, insiste essa mídia em desacreditar um Presidente que luta contra uma doença anti-social, anti-humana. O homem isolado embrutece, afirmam a Psicologia e a Neurologia. Torna-se o mais tenebroso dos animais. O homem isolado não produz, não cria, não progride, não se inventa. Inexiste. O homem isolado não cria as cidades, a Civilização, as Artes, os teatros, o cinema, a televisão, os desportos, a mídia, a ciência, o direito, a economia e até a religião.

         Inexiste atualmente remédio para o COVID-19. Dizem que não o teremos no prazo de um ano, enquanto vírus ceifa a vida de milhares de pessoas diariamente. A única defesa contra o coronavírus é o isolamento; Mas, o isolamento destrói, como vimos a sociedade, destrói a economia, a subsistência das pessoas, mata pela fome. E a fome é uma necessidade a ser   satisfeita também no dia a dia, várias vezes ao dia.

         O Presidente está sob a espada de Dâmocles do isolamento: ou se morre pelo COVID-19 sem isolamento, ou se morre pelo desabastecimento, pela destruição da economia, isolando.

Ora, ele tem o Ministério da Saúde, conduzido pelo Dr. Mandetta, cuja sábia direção a mídia vem elogiando insistentemente, porque implantou o isolamento, inequivocamente necessário. Mas, Dr. Mandetta só consegue implantar esse isolamento e alcançar os resultados almejados, graças ao heroísmo de um grupo de profissionais que aceitam o sacrifício de constituir significativo grupo de infectados para obter o bem coletivo de restringir o máximo possível o efeito mortífero social do coronavírus. E estes heróis da medicina só conseguem dedicar-se ao seu trabalho heroico, porque outros profissionais se encarregam de cuidar de seus filhos nos estabelecimentos educacionais ou em casa. Méritos para Dr. Mandetta, sem dúvida, Mas, igualmente méritos para o Presidente Jair Bolsonaro: o isolamento é política adotada pelo governo do Presidente Bolsonaro.

E quando o Presidente Jair Bolsonaro trata da Economia? Da subsistência das pessoas, da comida e dos remédios que todos nós, ricos, remediados e pobres, temos de comprar todos os dias? A riqueza da nação é o que ela produz. O que ela produz é o que as empresas produzem. A empresa é uma pessoa ou várias pessoas trabalhando em conjunto. Elas não podem parar. Parou, não há mais subsistência, não há mais comida nem remédio. Principalmente, na situação em que o Presidente Bolsonaro recebeu o País, depredado por um grupo de políticos e empresários corruptos que sugaram toda a renda nacional, deixando o país endividado, à beira da falência. E, estamos assistindo, todos os dias, a o dólar valorizar-se sobre o real, indício de que a poupança estrangeira e nacional, que pode emigrar,  deixa o País receosa do que o futuro lhe pode reservar... Não são muito longínquas no tempo as providências adotadas pelo governo Collor para resolver os problemas econômicos do Brasil.

         O problema da Economia não é só um problema futuro, como a mídia cretina o encara e a mídia perversa mistifica, ela é também um problema presente na imensa maioria do dia a dia dos milhões de pequenas e médias empresas do País, e seus trabalhadores, dos milhões de  trabalhadores autônomos, além dos milhões de assistidos da Previdência e da Assistência Social. Um dia de fome pode até não ser um dia de morte generalizada, mas pode ser o dia da explosão de uma revolta social, e, no mínimo, um dia de sofrimento generalizado e de afronta generalizada ao direito mais fundamental da Humanidade e da Constituição Brasileira.

         O Presidente Bolsonaro, com todo o seu estilo político militar, belicoso, reativo à atividade política reacionária do trabalhismo lulista, bem como de um socialismo marginalizante dos militares da política, tenta adotar a política correta, a política abrangente que evite, no presente, ambas as calamidades, a biológica do coronavírus e a econômica do abastecimento, e minore a futura, a da desaceleração da economia, a inevitável depressão econômica.