Pessoa muito querida recebeu um vídeo
de recente entrevista de Augusto Cury com a apresentadora Maria Braga, onde ele
declara a recuperação da fé na divindade de Jesus Cristo, em razão de sua
pesquisa científica da vida de Jesus, ao longo de muitos dos seus últimos anos.
Este meu texto nada mais é que minha desprentensiosa manifestação a respeito,
em resposta a uma solicitação de apreciação do conteúdo desse vídeo.
Augusto Cury ocupa lugar no panteão dos
literatos mundiais, cujo sucesso se constata com a milionária vendagem de sua
maravilhosa obra. É psiquiatra de nome nacional. Sua obra de análise da
personalidade de Jesus merece o maior respeito. Claro, pois, que não possuo
credenciais para fazer crítica respeitável sobre o vídeo. Sou, todavia, pessoa
humana e, como tal, posso formar opinião sobre o que acabo de ouvir nesse vídeo
e naturalmente a formo. Essa opinião racional é a minha luz pessoal sobre a
matéria, é a que naturalmente me orienta na vida a esse respeito e sob a
influência da qual se embasa a responsabilidade pela minha conduta nesse
assunto.
Cury afirma que passou no crivo de sua
análise psicológica as vidas e personalidades de Jesus e de seus discípulos
(Pedro, João, Tiago, Mateus, Judas etc.). Mateus não foi um dos apóstolos de
Jesus, embora isso não tenha importância para a ilustração do caso, porque se
admite que haja sido discípulo.
O importante é que CURY afirma que
estudou a vida REAL de Jesus, opondo-se ao que afirma a CIÊNCIA: A VIDA REAL DE
JESUS É DESCONHECIDA. Sabe-se apenas que ele existiu e morreu crucificado na
época em que Pôncio Pilatos era governador romano da Palestina. Tudo mais é
mito, fabricação do imaginário religioso de multidão de pessoas, ignorantes
umas, eruditas outras, conhecidas dele algumas, nada relacionadas pessoalmente
com ele uma multidão, ao longo de um
século. Entre a abalizada OPINIÃO CIENTÍFICA de Cury e a VERDADE CIENTÍFICA DA
HUMANIDADE, fico com a Humanidade: Cury estudou um Mito.
Para entender-se a força de um Mito,
basta atestar o que se passa aos nossos olhos. Para os petistas crentes na
genialidade de Lula ele é o mais genial líder político já visto na Terra, SEM
NEM SEQUER NECESSITAR DE ESTUDO, inclusive A PESSOA MAIS PROBA ATUALMENTE VIVA
NA TERRA, e não adianta apresentar MUITOS VÍDEOS ONDE LULA EXIBE A MAIS PATENTE
FALTA DE CARÁTER. E este fanatismo é apenas político, não é o fanatismo
religioso dos primeiros cristãos que mataram mais cristãos do que os
imperadores romanos.
Entendo que, de fato, Jesus tenha sido
extraordinário personagem e que tenha influenciado sobremaneira três pessoas,
que, com ele, são os responsáveis pela existência e enorme influência que o
Cristianismo primitivo teve sobre o Imperador Constantino, o responsável, este
sim, pelo grande sucesso do Cristianismo: Maria Madalena, Pedro e, sobretudo,
Paulo.
O Cristianismo é paulinismo. Os quatro
Evangelhos apresentam suposta autoria
exatamente para conferir autoridade de procedência ocular e familiar da
história, embora se admita que três deles tenham influência da mesma origem que
o de Marcos, o mais primitivo, a saber, as suas duas vertentes, o pré-marcos, por sinal resumidíssimo, e
outra cujo texto é hoje totalmente desconhecido. Os quatro evangelhos foram
escritos sob a influência da crença de São Paulo. E Paulo de Tarso NÃO FOI
DISCÍPULO DE JESUS, NEM TALVEZ O HAJA SEQUER VISTO EM VIDA.
TUDO O QUE PAULO DE TARSO DIZ TER
APRENDIDO COM JESUS, DIZ TER APRENDIDO POR CONTATO COM JESUS RESSUSCITADO, isto
é, JESUS TRANSMITIU-LHE DEPOIS DE MORTO EM APARIÇÕES, POR CONTATO MÍSTICO, como naquele primeiro encontro na
estrada para Damasco!
Esta opinião já vai longa. Penso que é
satisfatória como esclarecedora do que penso: fico com a HUMANIDADE, com a
CIÊNCIA. Os quatro evangelhos são narração de crentes, como Paulo de Tarso,
judeu e cidadão romano, que criam que Jesus, mais que o Messias prometido aos
israelitas, era um ser divino, à moda dos deuses gregos e romanos, que promoveu
a catarse da Humanidade perante a divindade suprema, o Deus Pai, a redimiu do
pecado, a causa dos sofrimentos e da
morte. O Homem imortal agora passaria a viver SEM DOR NO CORPO E ANGÚSTIA NA
ALMA, a felicidade tal qual entendia Epicuro e as pessoas a entendem.
Essa pregação de Paulo de Tarso, a
igreja UNIVERSAL, a do Mundo então conhecido, suplantou a própria igreja
primitiva de Jerusalém, a igreja da MÃE E DOS IRMÃOS DE JESUS, a crença no
Jesus, o Messias do povo israelense.
Preclaro Mestre Edgardo (possuidor de incomensurável inteligência),
ResponderExcluirSeu texto é de uma clareza cristalina, embora eu, humilde servo de Cristo, dele divirja como a água diverge do vinho. Eu sempre cri que Jesus Cristo é o Filho de Deus, enviado a este mundo na pessoa humana do filho de Maria, prometido que fora pelo Altíssimo desde a desobediência do jardim do Éden. Eu, Ari Zanella, aqui declaro que dou minha vida para jamais negar que o Cristo é Deus, e se tal for necessário, morrerei alegre e feliz. O próprio Cristo me diz: "Não temais aqueles que apenas podem matar o corpo (que de nada vale); temais antes, Aquele (Deus) que pode lançar ambos, corpo e espírito, pelo resto do tempo (sempre) ao suplício do inferno. Mesmo se não houvesse existido Constantino nem a Igreja (noiva de Cristo), pela leitura pura e simples dos evangelhos, eu não teria a mínima dúvida sobre a minha fé. Só mesmo com a inspiração do Santo Espírito de Deus tais livros sacros poderiam ter sido escritos. Embora você não creia, meu lúcido amigo, mas o Paulo de Tarso (ex-fariseu e perseguidor dos cristãos, doutor da lei mosaica) que caiu às portas de Damasco diante da ordem de Jesus de Nazaré (Saulo, Saulo, por que me persegues?), este mesmo Saulo, agora Paulo (pequeno) nos ensina em sua epístola aos Hebreus que "SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS..." (Hb 11:6). Estou apenas cumprindo minha obrigação de cristão, jamais tenho a pretensão de mudar sua maneira de pensar. Cristo nos diz: "Se alguém negar-me também Eu o negarei diante de Meu Pai, no último dia". É tudo questão de FÉ, meu amigo Edgardo: "TRUST OR NOT TO TRUST, THAT'S THE QUESTION". And please, don't forget: "Não há amor maior do que dar a vida pelos irmãos". Mas, se você não crê que Jesus morreu e ressuscitou dos mortos, inútil é dizer-lhe qualquer citação que envolve a fé. Receba, com muito afeto e carinho, minhas mais profundas considerações de apreço a sua pessoa. Um forte abraço!
Diletíssimo Ari Zanella
ResponderExcluirRespeito e admiro sua notável fé e nobreza de caráter.
Um abraço fraterno
Edgardo