Thomas
Paine foi um cidadão inglês que viveu no século XVIII. Cidadão pobre viveu como
produtor de espartilho e cobrador de imposto. Inteligente e instruído,
interessou-se pela política e relacionou-se com políticos ingleses, franceses e
norte-americanos, tendo sido membro da Assembleia Nacional Constituinte
Francesa e um dos Pais da Pátria dos Estados Unidos da América. Apesar disso, teve
vida muito atribulada, de fuga e de prisão, escapando por sorte da morte na
guilhotina da Revolução Francesa.
Escreveu muitos panfletos sobre
política e esta era a opinião que de se próprio tinha: “Sou um lavrador de pensamentos, e tudo o que colho ofereço
em doação”.
Apesar
de Pai da Pátria, era mal visto nos Estados Unidos, porque professava o deísmo:
“crer que Deus criou uma pluralidade de mundos ao menos tão numerosos quanto as
estrelas, torna o sistema cristão tão pequeno e ridículo que sua teologia desfaz-se
na mente como penas no ar... se o Ministério Público não puder provar que a
Bíblia é o Verbo de Deus, a acusação de blasfêmia é sem realidade e sem
fundamento”.
Ele entendia que o indivíduo humano é
dotado de direitos naturais e que sociedade e governo são produtos culturais: “Grande parte da ordem reinante na
humanidade não é efeito de nenhum governo. Ela tem origem nos princípios da
sociedade e na constituição natural dos homens. Ela existia antes do governo e
existiria se a formalidade do governo fosse abolida.,, A sociedade é produzida
a partir de nossa vontade e o governo a partir de nossa maldade...”
Tinha plena consciência de que os
indivíduos possuem mentalidade própria. Cada um constroi seu próprio conjunto
de pensamentos e sentimentos: “Os ricos, em
meio ao conforto e abundância, pensarão talvez que tracei um retrato contrário
à natureza; mas, se pudessem descer nas regiões frias da necessidade, ao
círculo polar da pobreza, perceberiam que as opiniões mudam com o clima.
Existem hábitos de pensamento próprios a cada condição, e é precisamente a
descobri-los que se deve dedicar o estudo do gênero humano.”
Proclamava os direitos naturais do indivíduo humano,
sobretudo a liberdade e a igualdade política: “a
proteção da pessoa humana é mais sagrada do que a proteção da propriedade...
nossos comerciantes de seres humanos (uma mercadoria não natural) devem
conhecer a maldade do tráfico de escravos, seja se escutarem a razão, seja se
escutarem os ditames de seus corações... Que heresia o título de sagrada
majestade aplicada a um verme que no meio do seu esplendor se desfaz em pó!... what
nobility really means is noability.”
Thomas Paine é considerado o pensador mais responsável pela
implantação do regime político da república, pelo regime democrático, pela
igualdade política, pelo valor unitário do voto: “Que
heresia o título de sagrada majestade aplicada a um verme que no meio do seu
esplendor se desfaz em pó!... what nobility really means is noability. A sociedade é produzida a partir de
nossa vontade e o governo a partir de nossa maldade... O sol nunca brilhou
sobre uma causa de valor maior... Nós temos toda oportunidade, toda
inspiração à nossa frente, para criarmos a constituição mais nobre, mais pura,
da face da terra.... Nós temos em nosso poder a chance de fazer com que o mundo
comece de novo... O nascimento do novo mundo está em nossas mãos.”.
(continua)
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