Amigo
Nos meus sonhos utópicos,
gostaria de ver todos os participantes, aí inclusas as pensionistas,
congregados em uma única associação, onde todos debatêssemos, com ampla
clarividência e em plena consciência de igualdade, os nossos interesses de
aposentados e pensionistas. Que fôssemos obcecados por esse objetivo único: os
nossos interesses de aposentados e pensionistas no curto e no longo prazo.
Isso é impossível? Não,
absolutamente não. Temos hoje a Internet. Ela já se insere nos celulares, que
já são, no Brasil, utilizados em número superior ao da própria população
brasileira. Possuímos hoje um espaço de convívio virtual para todo o universo
de brasileiros, quanto mais para a população de participantes e assistidos da
Previ.
Você sabe também quanto insisto
por que as nossas associações, a começar por essa nossa associação global dos
funcionários da ativa e aposentados, sejam de fato democráticas, que todos dela
participem ativamente, que todos sejam ouvidos, que todos se manifestem, que
todos tenham plena consciência do que falam e do que ouvem. E, assim, se
construa uma mente comum (era o ideal de Rousseau e Péricles afirmou que era a
realidade de Atenas de sua época) e uma vontade comum sobre o que queremos a
respeito da Previ e da Cassi.
Isso é impossível? Não. Isso já
acontece em muitas pequenas cidades dos Estados Unidos e da Suíça.
Amigo, isso pode acontecer, se
nós quisermos, se nós formos apóstolos competentes da construção de uma
sociedade, cujos sócios sejam lúcidos, sinceros, leais, transparentes, despidos
de motivações egoísticas e movidos pelos interesses do grupo, sem vaidades,
iluminados por uma ética de respeito à dignidade e à igualdade social humana bem
como de valorização da palavra dita e ouvida, como direito de todos, e,
sobretudo, reverenciando como o mais alto dos valores da sociedade a construção
de um pensamento e de uma vontade comum.
Entristece-me, entrar num site de
uma das três dezenas de associações de funcionários do Banco do Brasil e ler os
despautérios com que se insultam colegas (que fazem muito e o que podem) bem
como assistir às manifestações de ânsia por empréstimos, quando o que de fato
nos interessa e nos redime é a renda.
Dito, tudo isto, lamento que
somente umas poucas associações se tenham incorporado para dialogar com o Banco
do Brasil e a representação (cujos componentes me merecem o mais alto respeito
pelo que são e pelo que foram na história do Banco do Brasil recente) não tenha
recebido o aval de todas as associações e de todos os participantes e
assistidos da Previ. Infelizmente ainda não soubemos e não quisemos construir a
Nação Satélite.
Estou entendendo que o interesse
realmente era levar ao Banco do Brasil uma opinião legal e tecnicamente
consistente a respeito da Resolução 26. Mostrar ao Banco do Brasil que ela é
uma excrescência, um aborto jurídico. O estudo elaborado pelo colega Rui Brito
me pareceu esplêndido, irretorquível.
A peça introdutória apresentou
apenas alguns dos diversos assuntos que merecem ser revistos na gestão da Previ
e no relacionamento entre Previ, Banco do Brasil, Governo e participantes. Esse
relacionamento é muito complexo, envolve muitos interesses, interesses vitais
para nós participantes, interesses políticos infelizmente, interesses
econômicos. É assunto para estudo minucioso feito por técnicos, em continuado
processamento, e transformado em propostas facilmente compreendidas pelos
componentes da Nação Satélite e por eles abraçadas num pensamento e numa
vontade comum.
Um abraço do colega e amigo que o
admira, e muito
Edgardo
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