segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

482. Você É

Descanso do meu trabalho
Rima do meu poema
Coringa do meu baralho
Certeza do meu dilema.

Quanta cousa você é...
O vento do meu moinho
O roteiro do meu caminho
O açúcar do meu café
O fogo do meu cigarro
A força do meu carro.

Alegria do meu tédio
As cores do meu olhar
Efeito do meu remédio
Razão do meu amor.

Peixe do meu aquário
Manchete do meu jornal
Rei do meu rosário
Bem de todo meu mal.
Pedrinha do meu sapato
Sonho do meu viver
Verdade do meu ato
Conforto do meu sofrer.

Cigano da minha sorte,
Veneno da minha morte

Nota.- Poesia, que julgo antológica, composta, na década de 70 do século passado, por  minha mulher, Marucha, Maria de Aguiar Rego.

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