quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

2. Natal 2008

Natal 2008
(Mensagem proferida no almoço da AAFBB de dezembro/2008)
O estábulo. Um sorriso de criança. Um afago de mãe.
Só existe, de fato, uma dádiva: a vida. Tudo mais é conquista. A conquista básica: a sobrevivência com qualidade. Sobreviver é renascer a cada instante. Renascer é mudar. Mudar para melhor.
O mundo está mudando espetacularmente nos dias atuais, com o fracasso de portentosas empresas, com o intercâmbio entre as nações, com a intercomunicação dos indivíduos, a contragosto dos poderes políticos, dos países hegemônicos.
O mais significativo fato da crise atual: dinheiro somente com inovação, disse o Congresso Americano para as montadoras (o carro bioenergético, o carro elétrico, o carro solar, o carro hidrogênico, o carro que ninguém mais seja capaz de fazer). Isto é, aquilo de que o país precisa mesmo é de cérebros, de idéias, de mentes, de pessoas.
Concentremo-nos no aperfeiçoamento de nossas mentes e teremos uma Previ, uma Cassi, um Banco do Brasil e um País muito melhores. Não estou satisfeito com a Previ, nem com a Cassi, nem com o Banco do Brasil nem com o País.
Quero um governo do povo, que sirva o povo e não se sirva do povo. Quero um governo de delegados. Não quero um governo de representantes. A representação é uma farsa. Não quero um governo que se transforme em uma classe privilegiada. Se o povo for fraterno, não precisaremos de leis contra o homicídio. Se o povo for solidário, não precisaremos de leis contra o furto. Se o povo tiver respeito, não precisaremos de leis de proteção aos idosos.
Se os funcionários do Banco forem dedicados ao Banco e competentes, o Banco do Brasil será o melhor e o mais rico banco do Brasil e do mundo. A sociedade brasileira amará e exigirá a sobrevivência do Banco. Nem se cogitaria em transferir a propriedade de associações sem fins lucrativos para inchar o lucro de sociedades com fins lucrativos. As associações sociais não deveriam transformar-se em subsidiárias de empresas, isto é, de sociedades econômicas, à luz da cultura do século do Estado do Bem-estar Social. Ou estou errado?
Se os associados da Previ e a direção do Banco do Brasil se conscientizarem de que o exclusivo interesse dos associados deve nortear as decisões, teremos uma administração irretocável da Previ e não precisaremos pagar ao Governo para nos fiscalizar e orientar. Sustentamos um órgão do Governo! Quem diria!
A Previ será muito mais transparente. Não quero empréstimo. Quero aposentadoria. Não se cobrirão os olhos com as asas na questão da pensão de nossas viúvas e por ocasião dos reajustes das pensões. Será que os defensores dos parâmetros atuais estão convictos de que estão aplicando o imperativo categórico de Kant? Ah! Rei de Uruk, cidade-estado da bárbara Suméria, de seis mil anos atrás, no início da História, ressuscita, reedita a primeira lei da História e ameaça de novo: quem avançar no que pertence às viúvas terá que me enfrentar!
A distribuição dos superávits será automática, através da aplicação de um índice de reajuste de benefícios mais consentâneo com os resultados da Previ e com a realidade inflacionária da terceira idade. Acabemos com esse blá, blá, blá de superávit. É só querer. Isso nutre a existência de messianismos... Nada mais pernicioso para uma democracia, para uma sociedade de cidadãos livres e iguais.
Se os associados da Cassi e a direção do Banco do Brasil se governarem pelo exclusivo interesse dos associados, teremos uma administração irretocável da Cassi e ela preencherá cabalmente a sua finalidade, prestando um serviço de saúde de excelente qualidade, incluindo serviço dentário e hospitalar de excelência.
A Previ, a Cassi, o Banco do Brasil e o Brasil somos nós. Assim, o aperfeiçoamento de tudo isso só se fará se nos convencermos daquela idéia redentora de Sócrates e Jesus Cristo, que não agradou aos poderosos dos seus tempos e incomoda os detentores do poder político de todos os tempos: só existirá, de fato, uma sociedade, quando a mente de cada indivíduo humano for saudável. Eliminar-se-á o risco de repique do surpreendente fenômeno Mardoff, da famosa Bolsa Nasdaq de New York.
E tal sociedade, de fato, será uma associação confortável para todos, apreciada por todos e desejada por todos. Será uma sociedade, como a verdadeira sociedade não pode deixar de ser, uma associação de cidadãos livres e iguais. Iguais nos direitos e iguais nos deveres. Todos seremos igualmente soberanos e igualmente súditos. Nós autolegislaremos.
Desejo-lhes Feliz Natal, um Natal de Verdade! E presenteio-os com Shakespeare: somos feitos da mesma matéria dos sonhos!... Gandhi: Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. Jill Bolte Taylor, a Cientista que Curou o Próprio Cérebro: Você e eu escolhemos momento a momento quem e como queremos ser no mundo. Einstein: Preciso dispor-me a desistir do que sou para tornar-me o que serei. E eu: A cultura e a civilização da geração que somos foram utopias nas gerações passadas!

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