Colegas e Amigos.
Hoje,
quero lhes dizer que nem todos os meus sonhos de mudança na gestão da Previ e
da Cassi são tão visionários assim.
Entre
as minhas insatisfações está aquela contra a taxa de reajuste dos benefícios.
Venho insistindo que ela deveria ser flexível: mais alta nos exercícios mais
produtivos e mais baixa nos exercícios menos eficientes.
Vejam
o que nos foi revelado pelo último número da revista da ANABB: a Previ e o
Governo usam essa técnica flexível contra nós!...
Atentem
para o relato da ANABB:
Primeiro:
Há uma curiosa taxa que influencia os resultados da
Previ: mais alta a taxa, melhor o resultado. Por isso mesmo, o Governo permite
ir só até o máximo de 6%. A Previ, por sua conta, usa a taxa de 5%. A Previ vai contra nós. Taxa flexível contra nós, os
beneficiários...
Segundo:
O Governo manda respeitar a expectativa de vida oficial.
Mas, o Governo também ordena que se aumente um pouco a expectativa de vida, nos
exercícios com elevado superávit. Isto é, nós possuímos duas expectativas de
vida: a do brasileiro normal e a dos associados de fundo de pensão altamente
superavitários!... Expectativa de vida
flexível, contra nós, os beneficiários!
Terceiro:
A Previ, seguindo as normas estabelecidas pelo
Governo, vinha calculando os resultados e encontrando dezenas de bilhões de
reais de superávit: se não estou enganado, cerca de 40 bilhões de reais. O
Governo, agora, diante dos altos superávits, introduziu exigências novas tais,
redutoras dos resultados, que esse superávit praticamente desaparece,
reduzindo-se a menos de dois bilhões de reais. Arranjos financeiros e contábeis flexíveis contra nós, os
beneficiários!
Se há tantas medidas flexíveis contra os
beneficiários, por que não pode haver taxa flexível a favor dos beneficiários,
taxa mais alta de reajuste dos
benefícios, em época de fartos superávits?!
Há
muitas cidades nos Estados Unidos e na Suíça que não têm governo. Elas são
governadas pelos residentes. Muitos Estados norte-americanos adotam o
plebiscito para legislar sobre diversos assuntos. Na Constituição Brasileira
existe o plebiscito, que os nossos representantes não gostam de usar. Muitas
empresas no mundo inteiro são cooperativas.
Por que Previ e Cassi não podem ser
administradas de forma cooperativa?
A
PREVI demonstrou satisfação com a criação da Superintendência dos Fundos de
Pensão, criada no INSS. O Senador Aloysio Mercadante conseguiu, na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado, aprovação do seu projeto de um Fiscal do
Governo nos fundos de pensão. Será que esse aumento do grau de interferência do
Governo nos Fundos de Pensão prenuncia um futuro melhor para os beneficiários?
A
Presidente argentina, Cristina Kirchner, recentemente fez a falida Previdência
Argentina absorver os recursos dos fundos de pensão. Gorbachov, na década de
80, iniciou o movimento da Perestroica, cujo processo terminou com a eliminação
do comunismo russo, porque os cidadãos precisavam de fiscais, os fiscais dos
cidadãos precisavam de fiscais, os fiscais dos fiscais dos cidadãos precisavam
de fiscais, e assim na Rússia da década de 80 havia mais fiscais do que
trabalhadores.
E
aqui no Rio de Janeiro, a população precisa de polícia, a polícia precisa de
outra polícia, porque o crime não diminui: ao contrário, aumenta.
E
em Brasília: será que o Governo não está precisando de fiscal?
Infelizmente,
não estão querendo compreender: não precisamos de fiscais, precisamos de
transparência:
Vivamos às claras e muito, muito mais
honestos todos seremos.
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