sexta-feira, 13 de novembro de 2020

518. “Quando a saliva acaba. explode a bala.”

     Nosso Brasil e o Mundo estão repletos de gênios. Por vezes, todavia, o planeta se apresenta deles deserto, como na ocasião em que o Presidente Jair Bolsonaro pronunciou a supracitada frase. Os políticos e a imprensa brasileira, e até o embaixador dos Estados Unidos, com intenções políticas ou crassa ignorância, reagiram a essa declaração, rotulando-a de ridícula ameaça de reação beligerante brasileira, caso os Estados Unidos, como promete Joe Biden, tente desrespeitar a soberania nacional. Bolsonaro é militar da reserva. Ele tem instrução de nível acadêmico, acentuadamente nas áreas militar e política. Maomé baixou esta lei: “Lutem em nome de Alá segundo Alá. Lutem contra aqueles que não acreditam em Alá.” Cícero: “A única desculpa para a guerra, portanto, é que vivamos ilesos em paz.” Ibn Khaldum: “Quando uma nação se torna vítima de uma derrota psicológica, isso marca o início do seu fim.” Thomas Hobbes: “Entende-se que a obrigação dos súditos com o soberano tem a mesma duração do poder mediante o qual ele é capaz de protege-los.” Georg Hegel: “ Se um homem é um escravo, sua própria vontade é responsável por sua condição... o erro da escravidão não está nos que escravizam ou conquistam, mas nos próprios escravos e conquistados. José Martí: “Direitos são feitos para serem tomados, não pedidos; agarrados, não mendigados.” Winston Churchill: “A vocês foi dada a escolha entre a guerra e a desonra. Escolheram a desonra e terão a guerra.” Mustafa Kemal Ataturk: “Só existe um poder: a soberania nacional. Só existe uma autoridade: a presença, a consciência e o coração da nação.” Mao Tsé-tung: “Sem um exército para o povo, não há nada para o  povo.” Michael Walzer: o inferno o da guerra nos faz romper todos os limites. E finalmente a expressão quase literal do pensamento do Presidente Brasileiro, escrita por Carl von Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios.” E penso que o embaixador norte-americano, antes de contraditar o presidente brasileiro, deveria ter meditado no pensamento de notável presidente de seu país, Theoore Roosevelt: “Uma guerra justa, no longo prazo, é muito melhor para a alma do homem que a mais poderosa paz.”  

          Claro que o Presidente Bolsonaro não pretendeu fazer ameaça alguma aos Estados Unidos. Ele não é idiota. Tanto não é que conseguiu eleger-se presidente do Brasil. Ele quis apenas lembrar o ensinamento da História: a conquista ou a perda da soberania é processo que tem, via de regra, sua fase bélica que, nos tempos atuais, de arma atômica e foguetes de alcance intercontinental, é de dimensões infernais, como destaca Michael   Walzer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário