O
demonstrativo da PREVI oferece o Balanço Consolidado e o Balanço de cada plano
separado (Plano de Benefícios 1, PREVI FUTURO e Capec). Já o demonstrativo da
Petros fornece apenas Balanço Consolidado de seus 48 planos de benefícios, seis
dos quais, ao que deduzo, como o Plano de Benefícios 1 da PREVI, em extinção e
de benefício definido.
Esse
balanço da PETROS já é, no seu montante, comparável com o do Plano de
Benefícios 1 da PREVI. Aquele é do valor de R$66,6 bilhões, enquanto o Plano de
Benefícios 1 monta a R$163,546 bilhões.
Entendo
que, como o fundo de pensão Real Grandeza, a PETROS também utilizou juros
atuariais de 6%, o que lhe confere vantagem de resultados sobre o Plano de
Benefícios 1 que adotou a taxa de 5,5%.
O
acréscimo de ativo total do PETROS, R$8,7 bilhões, correspondeu a 15,03% do
ativo do ano de 2011, enquanto o do Plano de Benefício 1 da PREVI correspondeu
a 6,3%.
A
distribuição dos investimentos por segmento em dezembro/2011era bem diferente:
Petros Plano de Benefício 1
Renda
Fixa 49,51% 31,17%
Renda
Variável 36,95% 60,02%Inv. Estrut. 6,23% 0,38%
Inv. Imobiliários 3,27% 5,11%
Op.com Participantes 2,70% 3,24
Vê-se
que apenas 0,17% do ativo total da PETROS não estava aplicado, enquanto o Plano
de Benefícios 1, como constatamos em texto anterior, apresentava taxa de 1,41%,
quase dez vezes mais percentualmente.
Também
a rentabilidade, por segmentos, do Plano de Benefícios 1 foi diferente daquela
que a PETROS apresenta:
Petros Plano de Benefício 1
Inv.Estruturados 5,31% 1,73%
Inv.Imobiliários 19,05% 36,53%
Op.com Participantes 14,39% 11,45%
Rentabilidade Geral 15,66% 12,62%
Assim,
insisto que me intrigam as conclusões dessas minhas duas comparações, Real
Grandeza e Petros, porque entendo que a PREVI é administrada por funcionários
que, nas eleições, brigaram (sustentados por dinheiro e influência política de
associações, e até sindicato) por alcançar essas posições diretivas, alardeando
títulos e experiência administrativa incomuns, enquanto outros foram indicados
pelo Patrocinador dentre aqueles que apresentaram na carreira a mais alta qualificação.
Tanto mais que esses administradores devem ser apoiados por trabalho de exímia
qualidade, produzido por quadro técnico excepcional. Tudo isso, segundo o
organograma ostentado no Relatório de 2012, enquadrado na atmosfera da
excepcional supervisão financeira do Patrocinador.
Nada
obstante esse reparo, reafirmo que entendo que esse meu sentimento, que tenho o
direito, e até acho que tenho obrigação de expressar e comentar, não possui
qualificação para desmerecer o resultado obtido por administração produzida por
conjunto de tão egrégios atores, em época de mercado financeiro extremamente
adverso e de mudança na política monetária nacional.
Largo,
neste final, uma observação, talvez até ridícula e desprezível à luz dos
conhecimentos técnicos: suspeito que as posições de investimentos do Plano de
Benefícios 1 da PREVI apresentem pouca flexibilidade, são morosas para fazer e
desfazer.
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