quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

17. A Igreja de Jerusalém

Essa mesma crença narra que, durante quarenta dias, Cristo, misterioso habitante da Terra, atravessava paredes, aparecia aos discípulos e desaparecia, até que, ante multidão de meio milhar deles, segundo Paulo de Tarso, ascendeu aos céus, deixando-lhes a missão de levar a boa nova a todos os povos, depois que recebessem o Espírito de Deus. Antes, teriam recomposto o número de doze apóstolos, desfalcado pela traição e morte de Judas, mediante escolha de dois seguidores de Jesus, da época evangelizadora nas terras de Israel, decidida por um desses dois em definitivo pela sorte. Acredito que Paulo de Tarso, romano culto que era, já que alude nas suas epístolas ao corpo incorruptível de Cristo ressuscitado, haja sido responsável pela crença de Cristo ressuscitado num corpo incorruptível de ser supraterrestre, celestial, imortal, regido por leis físicas extraterrestres, bem diferentes das terrestres, como imaginava Aristóteles. Cristo teria também feito a importante promessa de breve regresso para levar os crentes ao Reino de Deus nos céus (a parusia). Os evangelizadores cristãos pregariam e ensinariam sob a inspiração do Espírito Santo.
Recebido o Espírito de Deus, os apóstolos teriam iniciado a evangelização logo em seguida. A família de Jesus ficou em Jerusalém, sob a chefia do irmão de Jesus, Tiago, pregando a boa nova aos judeus no Templo: Cristo é o Messias prometido aos judeus nos livros sagrados da bíblia judaica; ele está vivo, ressuscitou, subiu aos céus, conquistou-nos a imortalidade elidindo o pecado que é a causa da morte; é iminente a segunda vinda de Cristo à Terra, naquela mesma geração de cristãos, para o julgamento final e ascensão aos céus (o paraíso celeste, supralunar) de todos os eleitos, crentes de Cristo. Os demais apóstolos e discípulos se espalharam pela Judéia e países vizinhos, pregando a mesma mensagem aos judeus (a lenda fala da evangelização da Grã-Bretanha por Paulo de Tarso, Filipe e José de Arimatéia, bem como da Península Ibérica por Tiago, irmão de São João Evangelista). O cristianismo nasceu como uma seita judaica. A primeira igreja cristã teria sido a igreja de Jerusalém, a igreja da família de Jesus.

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