domingo, 18 de janeiro de 2009

7. O Conhecimento nos Tempos Modernos.



O espírito daquela época, daqueles últimos quatro séculos de riqueza, era o Humanismo. Empolgada com a visão do Homem, o senhor da Terra, e com sua criatividade, a nova civilização ocidental se ufanava com as máquinas que o Homem inventara, sobretudo o relógio. Andreas Vesalius, o pai da medicina moderna, publicou o De Humani Corporis Fabrica, o primeiro livro de anatomia moderna, cujo título sugere a comparação do corpo humano com uma máquina. Essa nova grande verdade inspirava a concepção de René Descartes sobre o Universo e o Homem.
A mente de Descartes era desafiada por três enigmas: o conhecimento, o Homem e o Universo. O Homem pode adquirir conhecimentos certos? O que é o Homem? O que é o Universo? Descartes esclareceu o primeiro enigma: sim, o Homem é capaz de produzir conhecimentos certos, porque existe um conhecimento de que nenhum Homem pode duvidar, mesmo que de tudo duvide, a saber, a dúvida. Se duvido, penso. Se penso, existo: cogito, ergo sum.
Descartes era um matemático. Criou a Geometria Analítica. Ele achava que a Matemática é um conhecimento absolutamente certo. Pensou, então, transportar o método dedutivo matemático para a Filosofia. A Filosofia de Descartes utiliza, portanto, o método dedutivo como a Matemática. Descartes parte, gradativamente, da idéia clara e distinta fundamental da dúvida universal para idéias claras e distintas cada vez mais complexas e, nessa clareza pretensamente irrefutável como é a da Matemática, criar uma teoria filosófica irrefutável: duvido, existo, Deus, o Homem e o Universo. Assim, ele chegou às seguintes conclusões: o Homem pode ter conhecimento verdadeiro e certo, o Homem é corpo e alma, o corpo é uma máquina movida pela alma desde o cérebro, Deus existe, Deus é o mecânico que criou e movimenta a máquina que é o Universo. A filosofia mecanicista de Descartes e sua crítica do conhecimento foram outras grandes verdades.
No século XVII, Thomas Hobbes e John Locke afirmaram que o poder político pertence ao povo que, por consenso, o transfere para o rei. Ambos concordam que o poder político existe unicamente para cuidar dos interesses comuns de todos os cidadãos, a res publica, sobretudo manter a paz na sociedade. Hobbes acha que esse poder do rei, por isso, é absoluto, que o rei cria as leis e, portanto, o rei está acima das leis, a elas não está sujeito. É o Estado Leviatã, o Estado como aquele monstro marinho que engoliu Jonas, segundo a Bíblia. Locke já pensa que o povo não abdica do poder soberano, apenas delega esse poder ao rei para que cuide da res publica. Locke colocou em xeque o poder absoluto dos demais reis daqueles tempos.
Locke também se interessou pelo assunto do conhecimento. Afirmou que a mente, ao nascer o ser humano, é vazia de idéias, é uma tabula rasa. Não há idéias inatas. Todos os conhecimentos são adquiridos durante a vida, através dos sentidos. Todo o conhecimento consiste em uma sensação ou um agrupamento de sensações, isto é, associação de idéias. É a doutrina do empirismo e do reducionismo. O reducionismo é a concepção geral de que todos os seres da Natureza são, como as máquinas, compostos de partes. Conhecer um ser da Natureza é decompô-lo em suas partes (análise) e depois reconstruí-lo mentalmente (síntese). Esse pensamento perpassa toda a ciência moderna.
Essa idéia também inspirou um dos livros monumentais da ciência, o Principia de Isaac Newton, herdeiro intelectual de Descartes e Galileu. É o primeiro livro escrito com o método científico: precisão matemática e comprovação experimental. Ele explica todos os movimentos, na Terra e no espaço sideral, com uns poucos conceitos: espaço, tempo, repouso, movimento, aceleração, força, inércia, massa, energia e trabalho. As mesmas leis físicas regem a Terra e o Céu, a gravidade nada mais é que um caso particular da lei da gravitação universal. Aristóteles equivocou-se quando pensou que o mundo supralunar se rege por leis diversas das terrestres.
O Universo de Isaac Newton é estacionário. No espaço absoluto todos os corpos celestes ocupam sempre as mesmas posições, desde o começo até o fim do mundo. O Sol lá se encontra no lugar que sempre esteve e sempre estará, orbitando-o os planetas em trajetórias elípticas em razão da atração mútua gravitacional entre o Sol e os planetas. Essa atração provoca a trajetória elíptica. Por que os planetas não caem sobre o Sol? Em razão da gravitação universal, da força de atração do universo astral, ou os planetas, deslocando-se em movimento retilíneo uniforme, foram captados pela força da gravidade solar. Seja como for, a força gravitacional aproxima os planetas cada vez mais do Sol.
Há ainda outra intuição notável nessa teoria newtoniana da gravitação universal. Até Newton, entendia-se que a força atuava sobre a matéria por contacto dos corpos, por choque entre os corpos. Newton, influenciado pelo fenômeno do magnetismo, concebeu a gravitação universal como um campo gravitacional de força, exercitando-se numa determinada região em sua volta, à distância, como ele via atuar a propriedade magnética dos ímãs.
Naquele século, duas teorias se instituíram sobre a luz e os respectivos autores se confrontaram: Isaac Newton afirmava a luz é partícula, não é onda, e Christinaan Huyghens retrucava é onda, não é partícula.
O século XVIII foi a época do Iluminismo, da Revolução Americana e da Revolução Francesa. Naquele século David Hume declarou que as leis da natureza são criações da mente humana. Não existem na Natureza. Nesta só existe o antes e o depois, a sucessão de fenômenos. Porque eles sempre sucederam uns depois do outro, afirmamos que sempre acontecerá a mesma sucessão de fatos no futuro. A lei natural é uma extrapolação mental.
Kant abalou as convicções tradicionais dizendo que o objeto do conhecimento é o fenômeno, isto é, o ser da Natureza transformado pelo aparelho sensorial da mente. Portanto, o que conhecemos, o que a Ciência conhece, não é o ser da Natureza (a coisa-em-si, a realidade), mas o fenômeno modificado pela mente humana, pelo sujeito pensante. Todo conhecimento teórico não é explicação da própria Natureza. É explicação do mundo fenomenal, dos objetos naturais modificados pelo aparelho mental humano. A ciência é o conhecimento do mundo fenomenal. Todo conhecimento teórico é subjetivo. Trata-se do fenômeno interpretado pelas categorias da razão. É produto subjetivo da razão. Essa grande verdade, todavia, não invalida a vida prática, o conhecimento prático sobre a vida social, a organização política, o comportamento ético. Na vida cotidiana, o indivíduo humano tem que viver de acordo com suas certezas práticas.
Jean Jacques Rousseau adotou as idéias de Thomas Hobbes e John Locke sobre a origem do poder político. E acrescentou: todos os homens nascem livres e iguais, mas a propriedade introduz a diferença econômica e social, o senhor e o servo. Helvetius também insistiu em que todos nascemos iguais. Montesquieu expressou a convicção de que as leis são criações humanas, são convenções humanas, que dependem de condições geográficas e de clima, de costumes e tradições. Manifestou também a opinião de que a melhor forma de governo é aquela em que o poder soberano é exercido por três instituições diferentes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Os Enciclopedistas, cujos principais nomes são Voltaire, Diderot e d’Alembert, entenderam que as religiões ritualistas e reveladas já não mais tinham base conceitual para se sustentarem. Voltaire insistia que fossem substituídas pela simples convicção racional de que existe um ser que criou e mantém o Universo, essa maravilhosa e complexa máquina. Dizem que no fim da vida quis convencer até o Papa dessa grande verdade.
Até aquela época, a riqueza era apenas um fenômeno social e moral. A riqueza era assunto estudado apenas nas aulas de Ética. A riqueza era ambicionada e usufruída intensamente. Mas, a teoria ética cristã condenava a exploração dos consumidores e dos devedores: devia-se cobrar o preço justo e emprestar sem cobrar juros. Imperava a mentalidade que se consubstanciava num conceito consagrado naquele tempo: o negociante nunca, ou quase nunca, entrará no reino dos céus. Assim, quando Adam Smith publicou A Riqueza das Nações, o fato significou a libertação da atividade mercantil das peias da moral. Significou que é legítimo, é ético negociar, enriquecer. Significou que enriquecer tinha normas próprias, sendo a liberdade a norma fundamental do enriquecimento. Até Adam Smith, estudava-se como acumular riqueza honestamente. A partir dele, começou-se a estudar qual comportamento humano leva a acumular riqueza.
A Humanidade aprendeu que a riqueza não consiste precisamente em acumular dinheiro, ouro e prata, nem apenas na produção agrícola. A riqueza consiste em produzir bens e serviços. A Humanidade aprendeu, e muito bem, que se enriquece com liberdade, mercado, competição, especialização e produtividade. A teia social, resultante das ações livres dos indivíduos humanos, competindo pela sobrevivência através da produção e troca de bens (a mão invisível, como diz Adam Smith), é uma sociedade rica e justa, porque, assim, aplica os recursos produtivos com o máximo de eficiência e distribui a riqueza com a devida justiça.
A cultura se transformara radicalmente. O espírito da época era absolutamente novo. A vida prática tinha que se transformar. Aparece, então, nas regiões novas do mundo, um novo país, que, ainda colônia, se tornara campo fértil para o surgimento de universidades, os Estados Unidos da America. Foi o primeiro país sem rei, governado por um grupo de representantes (senadores e deputados) do Povo, periodicamente eleitos pelo povo: o Congresso. Como consagrado por Montesquieu, o Congresso era completado por duas outras instituições: o Executivo, conduzido por um Presidente, e o Judiciário.
Reunidos no Congresso da Filadélfia, em 4 de julho de 1776, os chamados Pais da Pátria, tomados pelo espírito da época que acima descrevemos, declararam os motivos da independência norte-americana: todos os homens nascem iguais e dotados dos direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca da felicidade; os governos são instituídos para assegurar esses direitos e seu poder deriva do consentimento do povo.
Treze anos depois, a França seguiu o exemplo dos Estados Unidos da América. A Revolução Francesa acabou com a realeza e instituiu o governo republicano democrático. É verdade que houve a recaída na realeza logo depois, na época de Napoleão Bonaparte. Passada a recaída napoleônica, os ideais democráticos triunfaram definitivamente.
O famoso lema da Revolução Francesa – Liberdade, Igualdade e Fraternidade – é muito significativo. Jean Jacques Rousseau insistira em que todos os homens nascem livres e iguais. Como Locke e Hume, Rousseau também pensava que a mente é uma tabula rasa. Todos, pois, nasceríamos iguais: uma tabula rasa, uma chapa fotográfica. Através dos sentidos, os objetos imprimem na mente humana a sua respectiva imagem. Os sentidos são passivos à ação dos objetos da Natureza. Condorcet percebeu que, assim sendo, a educação igual para todos os seres humanos manteria todos os homens iguais, de geração em geração. Participando do governo revolucionário, acabou com as escolas particulares na França e pretendeu realizar o projeto das escolas públicas, escolas iguaiszinhas para todas as crianças. Condorcet morreu na guilhotina.
Na guilhotina também morreu Lavoisier, considerado o pai da química moderna, consagrado como o autor da famosa teoria da conservação da matéria: nada se cria, nada se perde, tudo se transforma! Duzentos anos depois de Galileu e cem anos depois de Isaac Newton, os homens no mundo e na França já podiam proferir essa lei científica sem temer a Inquisição! Se a matéria é eterna, onde fica a criação do mundo? Para que existe Deus?
Se a mente humana mudara radicalmente, o comportamento humano também teria que mudar radicalmente. Já se achava em gestação a segunda maior revolução da História, a Revolução Industrial. O mundo agrícola padecia a influência do Homem, mas nele o Homem era filho submisso da Natureza. No mundo industrial, o Homem ainda é dominado pela Natureza. Entretanto, herdeiro da curiosidade da primeira mulher, Pandora, o Homem tenta dominar os segredos da Natureza para fazê-la submissa na medida do possível. Como se acha escrito sob o túmulo de Karl Marx em Londres: O importante é fazer, não é contemplar!
O século XIX é o alvorecer de uma civilização muito diferente daquela da Idade Média. A Terra deixa de ser movida pela energia humana, animal, eólica e hidráulica. Agora é a energia calórica, elétrica e fóssil que movimenta a Terra. O Homem não mais precisa da escravidão e até tem dela vergonha. A atividade humana se torna independente da luz solar. O gás e a eletricidade iluminam as noites. O Homem inventa as telecomunicações (o telégrafo, o telefone e o rádio). Inventa o macadame, o coke e o aço. Constrói modernas estradas e pavimenta as ruas. Constrói navios de aço e movidos a vapor. Constrói ferrovias. Aparelha as cidades com serviço de água e rede moderna de esgoto. Reforma as velhas cidades e as aparelha com o serviço público de metrô. Constrói os automóveis movidos à energia fóssil. Anda também de bicicleta e triciclo. Aprende a fazer turismo e se diverte com a vitrola e o cinema. As fábricas são movidas pela energia calórica e elétrica. O artesão cede lugar ao trabalhador urbano fabril. As cidades se envolvem em fog e nos rios a poluição extingue a vida. O Urbanismo surge como ciência aplicada e como atividade prática do Homem moderno. A população cresce, o desemprego cresce e a população européia desempregada emigra, sobretudo para os Estados Unidos da América. Os Estados Unidos da América gradativamente se estendem, até encontrar os limites nos dois oceanos, Atlântico e Pacífico. Os países europeus empreendem missões militares de conquista colonial na África, na Ásia e no Oriente Médio. Surgem as repúblicas latino-americanas.
A nova sociedade não era mais constituída de senhores e servos, nem de latifundiários e escravos. A nova sociedade era, sobretudo, urbana, constituída de patrões e empregados, capitalistas e trabalhadores. Karl Marx entendeu que a dinâmica do capital consiste em sempre crescer. Crescer em recursos produtivos, em terras e em tecnologia. Pelo lado da produção, a lei do capitalismo é produtividade, isto é, produzir ainda mais com menos homens. Pelo lado do consumo, a lei do capitalismo é ampliação do mercado, isto é, maior quantidade de homens consumindo cada vez mais. Claro que essa dinâmica é contraditória, é uma armadilha. Essa contradição explica as crises e a injustiça do capitalismo. Explica a sua realidade transitória.
As constatações básicas do materialismo dialético é que só existe a matéria e que a matéria é devir, é transformação. Toda transformação consta de um presente (uma síntese), trabalhado por um passado (uma tese) e um futuro (uma antítese). Em todo o presente existe um final de um passado e o início de um futuro. O presente é sempre uma luta entre a tese e a antítese, que finda em uma síntese (um presente, que é uma nova realidade). Mas, essa síntese nunca é tranqüila, já que ela, que é o presente, contém em si mesma a nova tese e a nova antítese. O mundo é transformação dialética permanente. O mundo é processo dialético.
Na luta dialética entre capital e trabalho, a síntese é a sociedade dos trabalhadores, a sociedade sem classe, sem patrão. A síntese será a sociedade sem classes, porque a classe trabalhadora crescerá sempre, em razão da marcha inexorável para cada vez menos capitalistas e cada vez mais assalariados, e também porque o trabalho é que produz o capital.
A realidade humana é essa luta incessante pela sobrevivência. É a forma de relações no uso dos recursos produtivos dos objetos de subsistência que definem o tipo de sociedade humana. Isso - a economia, as relações da produção - é o substrato básico da sociedade humana. Tudo mais é conseqüência, é superestrutura. A religião, o direito, a política, a ciência, as artes, a cultura, tudo é superestrutura. Tudo o mais é moldado pela atividade econômica. O capital deve ser propriedade comum. A propriedade individual deve restringir-se aos bens necessários para a subsistência e exigidos pela contribuição individual para a sociedade. A propriedade capitalista pertence à sociedade e deve ser possuída e administrada pelo Estado. A família é uma excrescência hipócrita da sociedade capitalista, que deve ser extinta. A herança é conseqüência da família capitalista e também deve ser extinta. As relações de procriação devem ser livres e descompromissadas. A criação e a educação são obrigações da sociedade e devem ser ministradas pelo Estado. O materialismo dialético foi uma poderosa e grande verdade.
Os marxistas não simpatizavam com os anarquistas, isto é, aqueles grupos de intelectuais também materialistas e comunistas, que rejeitavam o Estado (an=sem e arquia=poder,comando). Os anarquistas afirmam a total igualdade social e a democracia direta, sem representantes. A sociedade é uma parceria, é associação livre de iguais. Toda representação é desigualdade. É espúria. É dominação de poucos sobre muitos.
Mas, a mais revolucionária verdade do século XIX EC foi a evolução natural das espécies de Charles Darwin. Nós já vimos que até o século XIX, se acreditava que tudo o que existia existira desde a criação do Universo. As espécies botânicas e zoológicas sempre haviam existido, desde o começo do Universo, e haveriam de sempre existir. A transformação era só de indivíduos, isto é, uma geração era substituída por outra. Charles Darwin demonstrou que espécies desaparecem e novas espécies aparecem. Esse processo é gradual e aleatório. Os organismos sofrem continuamente pequenas alterações.
O meio ambiente sofre continuamente pequenas ou grandes alterações. As espécies e os indivíduos estão competindo por alimentos para sobreviver. Os indivíduos mais competitivos, isto é, mais adaptados ao meio ambiente, monopolizam toda a alimentação e sobrevivem. A espécie sobrevive nesses indivíduos mais bem adaptados. Os indivíduos menos competitivos não conseguem alimentos, não sobrevivem. A espécie desaparece com esses indivíduos. Charles Darwin afirma que a hipótese da competição pelos alimentos foi inspirada nas lições de economia de Malthus, o economista da superpopulação.
A ciência genética do século XX esclareceu que essas pequenas modificações aleatórias acontecem, sobretudo, no momento da fecundação, na reprodução sexuada, quando acontece a herança genética individualizada. A teoria da evolução através da seleção natural constituiu uma revolução mental tão grande quanto o heliocentrismo de Copérnico e Galileu. A história bíblica de Noé era reconhecida agora como uma lenda. Aliás, Cristóvão Colombo, ao descobrir a América, já duvidava da veracidade dessa história. As espécies não mais são realidades fixas, imutáveis. Ao longo do tempo, passa-se de uma espécie para outra. A transformação também abrange as espécies. Mais impressionante: o mais complexo provém do mais simples e a organização surge do acaso. A realidade é determinismo e acaso.
Naquele mesmo século de Charles Darwin, Louis Pasteur demonstrou que inexiste a geração espontânea. Foi uma formidável verdade: destruiu uma crença multimilenar! Gregor Mendel descobre as leis do fenômeno da hereditariedade. Haeckel, Gobineau e Chamberlain conduziram a teoria evolucionista na direção do racismo e concluíram que os alemães, arianos puros, constituiriam uma raça superior. O nazismo de Hitler, na primeira metade do século XX, encampou politicamente essa idéia e adotou a eugenia, o método de purificação da espécie humana.
A teoria evolucionista passou a dominar todo o conhecimento científico. Influenciou o desenvolvimento de ciências que surgiram naquele século XIX, como a sociologia, a psicologia e a antropologia. Até as ciências físicas e químicas bem como a cosmologia foram por ela influenciadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário