quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

44. O Sonho da Dinastia de Avis (continuação)


A descoberta do brasil

Conforme fora planejado, Cabral alongou ainda mais do que Vasco da Gama na direção oeste a “curva do mar”, manobra náutica atribuída a Bartolomeu Dias, segredo e chave do sucesso luso no desbravamento do Oceano Atlântico. Descoberta a rota marítima para as Índias, era oportuno identificar a terra com cujos indícios os marujos lusos entendiam deparar quando devassavam o Atlântico sul. A “carreira das Índias” requeria um ponto de abastecimento de água e lenha na extremidade oeste da “curva do mar”.
Os sargaços e as aves, dias depois, vieram confirmar as suspeitas da proximidade de terra. Cabral, autorizado a tentar nela aportar, fê-lo com sucesso. Na tarde de 22 de abril de 1500, avistou-se um monte, o Monte Pascoal. A armada fundeou defronte dele.
Cabral e seus comandantes sabiam que haviam chegado a terra diversa da África e da Índia. Parecia-lhes uma ilha. A verdade é que os portugueses, 8 anos depois de Colombo, chegavam ao continente americano. Ampliavam para o sudoeste as dimensões geográficas conhecidas. Chegavam a uma região que iria constituir a descoberta mais proveitosa para a coroa portuguesa e cuja riqueza sustentaria o apogeu luso durante os séculos XVI, XVII e XVIII, erigindo-se em sede do império por uma dezena de anos no século XIX.
(continua)

Nenhum comentário:

Postar um comentário